Febre dos Macacos (Varíola dos Macacos): O que é, Sintomas e Tratamento
A febre dos macacos, também conhecida como varíola dos macacos ou monkeypox, é uma doença viral transmitida de animais para humanos e, mais recentemente, entre humanos por contato próximo. Embora endêmica em algumas regiões da África, surtos globais, como o de 2022, trouxeram maior atenção para essa condição.
Este guia completo oferece informações essenciais sobre a febre dos macacos, incluindo suas causas, sintomas, formas de transmissão, tratamento e medidas de prevenção. Entender essa doença é crucial para reconhecer os sinais e buscar ajuda médica a tempo.
O que é Febre dos Macacos (Varíola dos Macacos)?
A Febre dos Macacos, também conhecida como Varíola dos Macacos ou Monkeypox, é uma doença viral zoonótica, ou seja, transmitida de animais para humanos, causada pelo vírus da varíola dos macacos, um membro da família Poxviridae, relacionado ao vírus da varíola humana. Embora geralmente menos grave que a varíola (erradicada em 1980), pode causar sintomas significativos, incluindo febre e erupções cutâneas características, e, em casos raros, complicações sérias.
Descoberta inicialmente em macacos de laboratório em 1958, na Dinamarca, os primeiros casos humanos foram registrados em 1970 na República Democrática do Congo. Desde então, a doença tem sido endêmica na África Central e Ocidental, mas surtos globais, como o de 2022, trouxeram maior atenção, com casos reportados em mais de 70 países, incluindo o Brasil, onde centenas de infecções foram confirmadas. Esses surtos recentes destacaram a transmissão entre humanos, especialmente por contato próximo.
Se você está preocupado com sintomas como febre ou bolhas na pele, ou teve contato com alguém infectado, entender essa doença é essencial para buscar ajuda a tempo. Neste guia, exploraremos as causas, sintomas, formas de transmissão, riscos, diagnóstico, tratamento e prevenção da Febre dos Macacos. Reconhecer os sinais e saber como se proteger pode fazer toda a diferença, especialmente durante surtos. Veja mais sobre doenças virais em febre viral.
Como Ocorre a Transmissão da Febre dos Macacos?
A Febre dos Macacos é causada pelo vírus da varíola dos macacos (monkeypox virus), e sua transmissão pode ocorrer de várias formas, tanto de animais para humanos quanto entre humanos, especialmente em situações de contato próximo. Entender como o vírus se espalha é crucial para adotar medidas preventivas, especialmente durante surtos. Aqui estão as principais vias de transmissão:
- Contato com Animais Infectados (Transmissão Zoonótica): A forma original de transmissão ocorre principalmente em regiões endêmicas da África Central e Ocidental, envolvendo:
- Roedores e Primatas: Animais como esquilos, ratos e macacos são reservatórios naturais do vírus. O contato direto com esses animais infectados, por meio de mordidas, arranhões ou manipulação de carne de caça contaminada (prática comum em algumas regiões), pode transmitir o vírus para humanos.
- Fluidos ou Tecidos: Tocar sangue, fluidos corporais ou lesões de animais infectados sem proteção aumenta o risco de infecção.
- Transmissão entre Humanos: Embora menos eficiente que a transmissão zoonótica em contextos históricos, a transmissão de pessoa para pessoa tem sido mais evidente em surtos recentes, como o de 2022, e ocorre por:
- Contato Próximo com Lesões: Tocar lesões cutâneas (bolhas, pústulas ou crostas) de uma pessoa infectada, que contêm alta carga viral, é uma via comum de transmissão.
- Fluidos Corporais: Contato direto com saliva, secreções respiratórias ou outros fluidos de uma pessoa infectada, especialmente durante contato íntimo ou cuidados sem proteção.
- Gotículas Respiratórias: Inalar gotículas liberadas ao tossir ou espirrar de uma pessoa infectada, embora isso exija contato próximo e prolongado, como em ambientes domésticos ou hospitalares sem máscaras.
- Objetos Contaminados (Fômites): Tocar roupas, lençóis, toalhas ou superfícies contaminadas por lesões ou fluidos de uma pessoa infectada, especialmente se houver contato com a pele lesionada ou mucosas.
- Contato Íntimo ou Sexual: Durante surtos recentes, a transmissão foi frequentemente associada a contato íntimo, incluindo sexo, beijos ou abraços prolongados, devido à proximidade com lesões ou fluidos. Embora tenha sido mais reportada entre homens que fazem sexo com homens, a doença não é exclusiva a esse grupo e pode afetar qualquer pessoa em contato próximo com um caso confirmado.
- Transmissão Materno-Fetal (Rara): Há evidências de que o vírus pode ser transmitido de uma gestante para o feto durante a gravidez, potencialmente causando complicações, embora isso seja incomum e menos documentado.
A transmissão de pessoa para pessoa ocorre mais frequentemente em ambientes de contato próximo, como dentro de casa, em relações íntimas ou em contextos de cuidados de saúde sem proteção adequada. O vírus não se espalha tão facilmente quanto outros, como o da gripe ou COVID-19, pois exige contato direto ou prolongado. No Brasil, durante o surto de 2022, muitos casos foram ligados a contato íntimo, destacando a importância de medidas preventivas em situações de risco. Se você teve contato com alguém infectado ou está em uma área de surto, estar atento a sintomas como febre ou erupções é essencial. Veja mais sobre doenças virais em febre viral.
Quais São os Sintomas da Febre dos Macacos?
Os sintomas da Febre dos Macacos (Varíola dos Macacos ou Monkeypox) geralmente aparecem de 5 a 21 dias após a exposição ao vírus, com um período de incubação médio de 6 a 13 dias. A doença pode variar de leve a grave, dependendo da saúde geral da pessoa e de fatores como imunossupressão. Se você teve contato com alguém infectado ou está em uma área de surto, reconhecer esses sinais é crucial para buscar ajuda médica a tempo. Aqui está uma visão detalhada dos sintomas:
- Fase Inicial (Prodromal, 1-5 Dias): Os primeiros sintomas são inespecíficos e semelhantes a outras infecções virais, começando geralmente com:
- Febre: Muitas vezes o primeiro sintoma, com temperatura geralmente acima de 37,8°C (trinta e sete vírgula oito graus celsius), que pode ser alta e acompanhada de calafrios. Veja mais em febre alta.
- Dor de Cabeça Intensa: Desconforto significativo, muitas vezes descrito como latejante ou constante. Veja mais em febre com dor de cabeça.
- Dor Muscular e nas Costas: Dores generalizadas no corpo, especialmente nas costas, que podem ser confundidas com gripe. Veja mais em febre com dor no corpo.
- Fadiga Extrema: Cansaço profundo que dificulta atividades diárias, frequentemente acompanhado de mal-estar geral.
- Linfonodos Inchados (Linfadenopatia): Um sinal distintivo em relação à varíola humana, com inchaço de gânglios no pescoço, axilas ou virilha, indicando resposta imunológica ao vírus.
- Fase de Erupção Cutânea (1-3 Dias Após a Febre): O sintoma mais característico da Febre dos Macacos é o aparecimento de erupções na pele, que evoluem em estágios ao longo de 2 a 4 semanas:
- Início: Começa como manchas planas (máculas), geralmente no rosto, que se espalham para outras partes do corpo, incluindo mãos, pés, tronco e, em alguns casos, mucosas (boca, genitais).
- Progressão: As manchas se transformam em pápulas (elevações sólidas), depois em vesículas (bolhas com líquido claro), pústulas (bolhas com pus) e, finalmente, crostas que caem ao cicatrizar.
- Características: As lesões podem ser dolorosas ou causar coceira, variando de poucas a centenas, dependendo da gravidade. Em surtos recentes, lesões em áreas genitais ou anais têm sido mais comuns devido à transmissão por contato íntimo. Veja mais em febre com manchas na pele.
- Outros Sintomas Possíveis: Algumas pessoas podem apresentar:
- Dor de Garganta: Desconforto leve a moderado, especialmente no início da doença. Veja mais em febre com dor de garganta.
- Tosse ou Dificuldade para Respirar: Raro, mas pode ocorrer em casos graves ou com complicações respiratórias.
- Dor ou Sangramento Retal: Em casos onde lesões aparecem na região anal, especialmente reportados em surtos de 2022 associados a contato íntimo.
Os sintomas geralmente duram de 2 a 4 semanas, com as lesões cicatrizando completamente ao final desse período. Em casos graves, especialmente em pessoas imunossuprimidas (como aquelas com HIV não controlado), crianças pequenas ou gestantes, complicações como infecções bacterianas secundárias nas lesões, pneumonia, encefalite (inflamação do cérebro) ou sepse podem ocorrer, aumentando o risco de hospitalização ou morte. No surto de 2022, a maioria dos casos foi leve, mas a vigilância é essencial. Se você notar febre seguida de erupções ou teve contato com um caso confirmado, buscar ajuda médica imediatamente é fundamental. Veja mais sobre sintomas de febre em sintomas da febre.
Quais São os Riscos e Complicações da Febre dos Macacos?
A Febre dos Macacos (Varíola dos Macacos ou Monkeypox) é geralmente uma doença autolimitada, com a maioria dos casos sendo leves e se resolvendo em 2 a 4 semanas sem tratamento específico. No entanto, em algumas situações, especialmente em grupos vulneráveis, pode levar a complicações graves e até fatais. Entender esses riscos é importante, especialmente durante surtos ou se você teve contato com alguém infectado. Aqui estão as principais preocupações relacionadas à Febre dos Macacos:
- Infecções Secundárias nas Lesões Cutâneas: As bolhas e pústulas características da doença podem ser infectadas por bactérias se não forem cuidadas adequadamente, levando a abscessos, celulite (infecção da pele) ou cicatrizes permanentes. Isso é mais comum em pessoas que coçam as lesões ou têm higiene comprometida. Veja mais em febre com manchas na pele.
- Complicações Respiratórias: Em casos raros, o vírus pode causar pneumonia ou bronquite grave, especialmente em pessoas com sistema imunológico enfraquecido, levando a dificuldade para respirar e necessidade de hospitalização.
- Complicações Neurológicas: Embora incomum, encefalite (inflamação do cérebro) pode ocorrer, resultando em confusão mental, convulsões ou, em casos extremos, coma. Isso é mais provável em indivíduos imunossuprimidos ou durante infecções graves.
- Sepse: Uma resposta imunológica descontrolada ou infecções secundárias podem evoluir para sepse, uma condição potencialmente fatal onde a infecção se espalha pelo sangue, causando falência de órgãos. Isso é raro, mas mais comum em pessoas com saúde fragilizada.
- Risco de Morte: A taxa de mortalidade da Febre dos Macacos varia dependendo da cepa do vírus e do contexto de saúde. A cepa da África Central (Clade I) é mais letal, com taxas de até 10% em áreas sem acesso a cuidados médicos, enquanto a cepa da África Ocidental (Clade II), predominante no surto global de 2022, tem mortalidade mais baixa (menos de 1%). Pessoas imunossuprimidas, crianças pequenas e gestantes têm maior risco. Veja mais em febre em imunossuprimidos.
- Complicações em Gestantes: Há evidências de que a infecção durante a gravidez pode causar aborto espontâneo, parto prematuro ou transmissão congênita do vírus ao bebê, embora os dados sejam limitados. Veja mais em febre em gestantes.
- Cicatrizes e Impacto Psicológico: Mesmo em casos leves, as lesões cutâneas podem deixar cicatrizes visíveis, especialmente no rosto, causando desconforto estético ou emocional. Além disso, o isolamento necessário durante a infecção e o estigma associado à doença podem afetar a saúde mental.
- Grupos de Risco: Pessoas com maior probabilidade de complicações incluem indivíduos imunossuprimidos (como aqueles com HIV/AIDS não tratado), crianças pequenas (especialmente com menos de 8 anos), gestantes e idosos com condições crônicas. Durante o surto de 2022, casos graves foram mais reportados em pessoas com HIV avançado.
Embora a maioria dos casos no surto global de 2022 tenha sido leve, especialmente em países com acesso a cuidados de saúde, a possibilidade de complicações destaca a importância da prevenção e do diagnóstico precoce. Se você apresenta febre acima de 37,8°C (trinta e sete vírgula oito graus celsius), erupções cutâneas ou teve contato com um caso confirmado, buscar ajuda médica rapidamente pode prevenir complicações e evitar a transmissão. Veja mais sobre febre alta em febre alta.
Como é Diagnosticada a Febre dos Macacos?
O diagnóstico da Febre dos Macacos (Varíola dos Macacos ou Monkeypox) é feito por um médico com base em uma combinação de sintomas clínicos, histórico de exposição e exames laboratoriais confirmatórios. Como os sintomas, especialmente as erupções cutâneas, podem ser confundidos com outras doenças, a avaliação médica é essencial, especialmente durante surtos ou após contato com casos confirmados. Se você suspeita de infecção, entender esse processo pode ajudar a buscar ajuda a tempo.
- Avaliação Clínica: O médico começará analisando os sintomas, como febre (geralmente acima de 37,8°C (trinta e sete vírgula oito graus celsius)), linfonodos inchados e erupções cutâneas características (bolhas ou pústulas que evoluem para crostas). As lesões, especialmente se começarem no rosto ou áreas genitais e se espalharem, são um sinal importante. Veja mais em febre com manchas na pele.
- Histórico de Exposição: Informações sobre contato recente com pessoas infectadas, viagens para áreas endêmicas (como África Central ou Ocidental) ou regiões com surtos ativos (como durante o surto global de 2022), e contato íntimo ou sexual de risco são cruciais para levantar a suspeita. Relatar qualquer exposição a animais potencialmente infectados (como roedores ou primatas) também é relevante.
- Exames Laboratoriais: Para confirmar o diagnóstico, testes específicos são realizados:
- PCR (Reação em Cadeia da Polimerase): O método mais preciso, que detecta o material genético do vírus da varíola dos macacos em amostras coletadas de lesões cutâneas (swabs de pústulas ou crostas) ou, em casos raros, de fluidos corporais. Esse teste é altamente sensível e específico, sendo o padrão ouro durante surtos.
- Testes de Anticorpos (Sorologia): Exames de sangue para detectar anticorpos IgM ou IgG contra o vírus podem ser usados, mas são menos comuns, pois podem demorar mais para positivar (geralmente após 5-7 dias de sintomas) e têm risco de reatividade cruzada com outros vírus da família Poxviridae, como o da varíola.
- Cultura Viral: Raramente usada devido ao risco de biossegurança, envolve o cultivo do vírus em laboratório a partir de amostras de lesões, mas é restrita a centros especializados.
- Diagnóstico Diferencial: É importante diferenciar a Febre dos Macacos de outras doenças com erupções cutâneas, como catapora (varicela), herpes zoster, sífilis secundária, sarampo ou reações alérgicas. A presença de linfonodos inchados e o padrão das lesões (mais uniformes e em estágios semelhantes na mesma região) ajudam a distinguir Monkeypox. Durante o surto de 2022, lesões genitais ou anais foram um marcador importante em muitos casos.
O diagnóstico laboratorial no Brasil pode ser realizado em laboratórios de referência, como os da rede pública durante surtos, e os resultados geralmente levam alguns dias. Enquanto aguarda confirmação, o isolamento é recomendado para evitar transmissão. Se você tem febre, erupções ou contato recente com um caso suspeito, buscar ajuda médica imediatamente é essencial, informando todos os detalhes de exposição para agilizar o processo. Veja mais sobre febre persistente em febre há mais de 3 dias.
Qual é o Tratamento para Febre dos Macacos?
O tratamento para a Febre dos Macacos (Varíola dos Macacos ou Monkeypox) é principalmente de suporte, já que não há um antiviral específico amplamente disponível para a maioria dos pacientes na maioria dos países, incluindo o Brasil. A doença geralmente é autolimitada, com sintomas durando de 2 a 4 semanas e se resolvendo sozinhos na maioria dos casos leves a moderados. No entanto, o manejo adequado é essencial para aliviar o desconforto, prevenir complicações e evitar a transmissão. Se você suspeita de infecção, buscar orientação médica é crucial para receber cuidados apropriados.
- Casos Leves a Moderados (Maioria dos Casos): O foco é aliviar os sintomas e apoiar a recuperação natural do corpo:
- Repouso: Descanse o máximo possível para ajudar o sistema imunológico a combater o vírus, evitando atividades físicas ou estresse que possam piorar a fadiga.
- Hidratação: Beba bastante água ou líquidos como chás leves e sucos naturais sem açúcar para repor os líquidos perdidos, especialmente se houver febre acima de 37,8°C (trinta e sete vírgula oito graus celsius). Isso ajuda a prevenir desidratação.
- Medicamentos para Febre e Dor: Paracetamol ou ibuprofeno podem ser usados para reduzir febre e aliviar dores de cabeça ou musculares, seguindo a dose recomendada por um médico ou farmacêutico. Evite automedicação com doses excessivas ou outros medicamentos sem orientação. Veja mais em medicamentos para febre.
- Cuidados com Lesões Cutâneas: Mantenha as lesões limpas e secas para evitar infecções bacterianas secundárias. Use sabonete neutro e água morna para higiene, evite coçar (para não espalhar o vírus ou causar cicatrizes), e cubra as lesões com curativos leves se indicado pelo médico. Cremes ou antissépticos podem ser recomendados para prevenir infecções. Veja mais em febre com manchas na pele.
- Isolamento: Fique isolado em casa, evitando contato próximo com outras pessoas, especialmente enquanto houver lesões ativas (bolhas ou pústulas), que são altamente contagiosas. Use um quarto separado, se possível, e não compartilhe roupas, toalhas ou utensílios. O isolamento geralmente dura de 2 a 4 semanas, ou até que todas as crostas caiam e a pele cicatrize completamente.
- Casos Graves (Raros, Especialmente em Imunossuprimidos): Em situações mais sérias, como em pessoas com HIV não controlado, crianças pequenas ou gestantes, ou quando há complicações (infecções secundárias, pneumonia, encefalite), o tratamento pode incluir:
- Internação Hospitalar: Necessária para monitoramento intensivo, especialmente se houver dificuldade para respirar, desidratação grave ou sinais neurológicos como confusão ou convulsões.
- Antivirais Específicos: Medicamentos como tecovirimat (originalmente desenvolvido para varíola) podem ser usados em casos graves ou em pacientes de alto risco, mas seu acesso é restrito e depende de protocolos específicos de saúde pública. No Brasil, durante o surto de 2022, o uso foi limitado a situações excepcionais sob supervisão médica.
- Tratamento de Complicações: Antibióticos para infecções bacterianas secundárias nas lesões, fluidos intravenosos para desidratação, ou suporte respiratório em casos de pneumonia ou outras complicações.
- Prevenção de Transmissão Durante o Tratamento: Além do isolamento, lave roupas, lençóis e toalhas separadamente em água quente, desinfete superfícies tocadas com frequência, e use máscaras se precisar interagir com outras pessoas antes da recuperação total. Profissionais de saúde ou cuidadores devem usar equipamentos de proteção individual (EPI), como luvas e máscaras, ao lidar com pacientes.
A recuperação completa geralmente ocorre dentro de 2 a 4 semanas para casos leves, embora cicatrizes das lesões possam permanecer. Em casos graves, a recuperação pode ser mais longa, com risco de sequelas. Se você tem febre, erupções ou contato recente com um caso confirmado, buscar ajuda médica para avaliação e orientação sobre isolamento é fundamental para proteger você e outras pessoas. Veja mais sobre febre persistente em febre há mais de 3 dias.
Como Prevenir a Febre dos Macacos?
A prevenção da Febre dos Macacos (Varíola dos Macacos ou Monkeypox) é a melhor estratégia para evitar a infecção pelo vírus da varíola dos macacos, especialmente durante surtos como o de 2022, que afetou diversos países, incluindo o Brasil. Como a transmissão ocorre por contato próximo com pessoas ou animais infectados, ou por objetos contaminados, as medidas preventivas focam em reduzir essas exposições. Se você está em uma área de surto ou teve contato com um caso suspeito, seguir essas recomendações pode proteger você e sua família:
- Evite Contato Próximo com Pessoas Infectadas: Não toque em lesões cutâneas (bolhas, pústulas ou crostas), fluidos corporais ou secreções respiratórias de pessoas com Febre dos Macacos confirmada ou suspeita. Evite contato físico, como abraços, beijos ou sexo, até que a pessoa esteja completamente recuperada (geralmente 2-4 semanas ou até que as lesões cicatrizem). Durante surtos, reduza contatos íntimos de risco, especialmente se houver casos na sua comunidade.
- Pratique Boa Higiene: Lave as mãos frequentemente com água e sabão por pelo menos 20 segundos, ou use álcool em gel 70% quando não for possível lavar, especialmente após tocar superfícies ou objetos que possam estar contaminados. Evite levar as mãos ao rosto, boca ou olhos antes de higienizá-las.
- Evite Contato com Animais Potencialmente Infectados: Em regiões endêmicas da África, ou em áreas onde o vírus circula, evite contato direto com roedores (como esquilos ou ratos) e primatas, que são reservatórios naturais. Não manipule carne de caça sem proteção (luvas) e cozinhe bem qualquer carne de origem animal antes do consumo. No Brasil, embora a transmissão zoonótica seja rara, a vigilância com animais selvagens ou importados é importante.
- Não Compartilhe Objetos Contaminados: Evite usar roupas, toalhas, lençóis, utensílios ou outros itens pessoais de uma pessoa infectada, pois o vírus pode sobreviver em superfícies por dias. Se precisar lidar com esses objetos, use luvas e lave-os em água quente com detergente, desinfetando superfícies tocadas com frequência.
- Use Proteção em Contextos de Saúde: Profissionais de saúde ou cuidadores devem usar equipamentos de proteção individual (EPI), como máscaras, luvas, óculos e aventais, ao tratar pacientes suspeitos ou confirmados. Hospitais e clínicas devem seguir protocolos rigorosos de isolamento para evitar a transmissão nosocomial (em ambiente hospitalar).
- Fique Atento a Orientações de Saúde Pública: Durante surtos, siga as recomendações de autoridades de saúde, como o Ministério da Saúde ou a Organização Mundial da Saúde (OMS). Isso pode incluir evitar grandes aglomerações, relatar sintomas suspeitos imediatamente e participar de campanhas de rastreamento de contatos se você teve exposição a um caso confirmado.
- Vacinação (Quando Disponível): Vacinas contra varíola, como a JYNNEOS (também chamada Imvanex ou Imvamune), oferecem proteção cruzada contra a Febre dos Macacos, pois os vírus são relacionados. Durante o surto de 2022, alguns países priorizaram a vacinação para grupos de alto risco (como contatos próximos de casos confirmados ou profissionais de saúde). No Brasil, a disponibilidade é limitada e restrita a protocolos específicos, mas pode ser expandida em futuros surtos. Consulte autoridades de saúde locais para saber se você é elegível.
Prevenir a Febre dos Macacos é mais eficaz do que lidar com suas possíveis complicações, especialmente para grupos vulneráveis como imunossuprimidos, gestantes ou crianças pequenas. Adotar essas práticas como rotina durante surtos ou em situações de risco pode minimizar significativamente a chance de infecção. Se você teve contato com um caso suspeito ou apresenta sintomas como febre ou erupções, isole-se e busque orientação médica imediatamente. Veja mais sobre prevenção de doenças virais em febre viral.
A Febre dos Macacos Ainda Existe Hoje?
Sim, a Febre dos Macacos (Varíola dos Macacos ou Monkeypox) ainda existe e continua sendo uma preocupação de saúde pública em várias partes do mundo. É uma doença endêmica em regiões da África Central e Ocidental, especialmente em países como a República Democrática do Congo e a Nigéria, onde casos ocorrem regularmente devido à transmissão zoonótica (de animais para humanos) envolvendo roedores e primatas.
Fora da África, surtos esporádicos têm sido registrados desde o início dos anos 2000, geralmente ligados a viagens internacionais ou contato com animais infectados importados. Um marco significativo foi o surto global de 2022, que afetou mais de 70 países, incluindo o Brasil, onde centenas de casos foram confirmados, principalmente em grandes centros urbanos como São Paulo e Rio de Janeiro. Esse surto destacou a transmissão entre humanos, especialmente por contato íntimo, e trouxe maior atenção para a doença, com mais de 80 mil casos reportados mundialmente até o final de 2022.
Embora o surto de 2022 tenha diminuído em intensidade em muitos países devido a medidas de controle, vacinação em grupos de risco e maior conscientização, a Febre dos Macacos não foi erradicada e continua sendo monitorada por organizações de saúde pública, como a Organização Mundial da Saúde (OMS) e o Ministério da Saúde do Brasil. Novos casos ou surtos podem surgir, especialmente em áreas com baixa cobertura vacinal contra varíola (que oferece proteção cruzada) ou onde há contato com reservatórios animais. Se você está em uma região afetada ou teve contato com alguém infectado, estar atento a sintomas como febre ou erupções é essencial. Veja mais sobre doenças virais em febre viral.
Quando Procurar Ajuda Médica para Febre dos Macacos?
A Febre dos Macacos (Varíola dos Macacos ou Monkeypox) pode variar de leve a grave, e saber quando buscar ajuda médica é essencial para um diagnóstico precoce, manejo adequado dos sintomas e prevenção da transmissão a outras pessoas. Embora a maioria dos casos seja autolimitada, complicações podem ocorrer, especialmente em grupos vulneráveis. Procure um médico ou vá ao pronto-socorro nas seguintes situações:
- Febre e Sintomas Iniciais: Se você apresenta febre acima de 37,8°C (trinta e sete vírgula oito graus celsius), dor de cabeça intensa, dores musculares, fadiga extrema ou linfonodos inchados (no pescoço, axilas ou virilha), especialmente após contato com uma pessoa infectada ou viagem para áreas de surto (como durante o surto global de 2022). Veja mais em febre há mais de 3 dias.
- Erupções Cutâneas Características: Se, 1 a 3 dias após a febre, surgirem erupções na pele (manchas que evoluem para bolhas, pústulas e crostas), começando no rosto, genitais ou outras áreas e se espalhando, procure ajuda imediatamente. Essas lesões são um sinal clássico da Febre dos Macacos e exigem avaliação para confirmação e isolamento. Veja mais em febre com manchas na pele.
- Histórico de Exposição: Se você teve contato próximo com um caso confirmado ou suspeito (como contato físico, íntimo ou sexual, ou compartilhamento de objetos como roupas ou lençóis), ou viajou para uma área endêmica (África Central ou Ocidental) ou de surto ativo, e desenvolve qualquer sintoma, relate isso ao médico para investigação, mesmo que os sintomas sejam leves.
- Sintomas Graves ou Complicações: Busque atendimento de emergência se notar sinais de gravidade ou complicações, incluindo:
- Febre Muito Alta: Temperatura acima de 38,5°C (trinta e oito vírgula cinco graus celsius) que não baixa com medicamentos ou dura mais de alguns dias. Veja mais em febre alta.
- Dificuldade para Respirar: Sensação de falta de ar ou tosse persistente, que pode indicar pneumonia ou outra complicação respiratória.
- Dor Intensa ou Infecção nas Lesões: Lesões cutâneas que se tornam muito dolorosas, inchadas, vermelhas ou com pus (sinal de infecção bacteriana secundária), exigindo tratamento imediato.
- Confusão Mental ou Convulsões: Sinais neurológicos como desorientação ou crises convulsivas, que podem indicar encefalite (inflamação do cérebro), uma complicação rara, mas grave.
- Grupos de Risco: Se você é imunossuprimido (como pessoas com HIV/AIDS não controlado, em tratamento para câncer ou após transplantes), gestante, criança pequena (especialmente com menos de 8 anos) ou idoso, e apresenta qualquer sintoma após exposição, busque ajuda médica imediatamente, mesmo que os sintomas sejam leves, pois o risco de complicações é maior. Veja mais em febre em imunossuprimidos.
Não espere para ver se os sintomas melhoram sozinhos se notar sinais preocupantes ou tiver histórico de exposição. Confie no seu instinto – se algo parecer errado, como febre persistente ou erupções cutâneas após contato com um caso suspeito, procure ajuda médica imediatamente e informe todos os detalhes de exposição. O diagnóstico precoce e o isolamento (geralmente por 2-4 semanas ou até as lesões cicatrizarem) são cruciais para evitar a transmissão e gerenciar complicações. Mantenha a calma, mas aja rápido, pois o tempo pode prevenir a propagação do vírus. Veja mais sobre quando buscar ajuda em quantos dias dura a febre.